Tarde na toca dos Hobbit
Não sei se mantenho
o olhar nas abóboras do mato por muito tempo
ou se elas logo são viradas, vencidas,
passam:
Como a roleta da máquina do cassino,
a cara de uma bonequinha da Mônica -
pra cima,
mudando da angústia à surrealidade,
e tenho agora mais do que um centímetro de poema da Szymborska,
simples, limpo
por ser areia.
Observo
de ímpeto saciado
minha pegada se afogar.
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