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Mostrando postagens de novembro, 2017
Quem samba  lambe os lábios  e nem lembra quantos músicos na banda e dos próprios músculos compondo.

do vazio

Cansei de não fazer nada, agora quero a clareza de um jegue, a demência da repetição com todos os seus mecanismos dentados e as fissuras por onde posso escoar.
Sair sem rezar, caminhar lembrando da dissolução e remar na av paulista entre patinetes sabendo da própria dose: Um minuto de delírio pra se curar da neurose.
Hj de manhã o gosto de descer                        À noitinha reparei na ladeira                                        Nunca me deu mole mas deu encosto                                                      Pro bem estreito corpo                                  ...

versos 4

As mãos saem em baixo, um pé que vem da nuca, contágio: Então dançamos sem parar até sucumbir de febre. Vou tirar meu coração nessa bolha, nesse país sem remendo que vá nos desopilar, uma decolagem, o voo em vão: Flutuar, se extender na raiz redonda do que vivi e brotar.
O desespero ta pronto pra entrar cobra separada do resto segmento de mundo segredo do fundo semente do medo abismo caracol universo com guizo na ponta  veneno no crânio Avesso.

Achado no carderno - 10 de junho de 2004

Meu corpo não é fonte de nada. É um poço que só recebe... um poço de coisa nenhuma, não tem substância física que o complete. Tem só o contorno com seus tijolos velhos, que cada vez que respiro se emaranham até perderem a forma. Passam a não abrir mais poço. Chamo assim por falta de nome.

Moderna atual

Nem todas essas milongas, nem o dedo amputado, nem a palavra agora, o que fará com que a conversa entre no jogo da memória?... sem cair pro escambau?... pra família, pra revista, pra quadrilha real? Nada a tempo, tudo uma perdição. Roleta de cartas, abra o país dos vícios, abre a pele pura pra receber chuva de risos, mas ve se para, empacota uns minutos pra fazer sentido.

versos 3

Todo ar que aspiro é meu desejo por ver gente e o mesmo ar que solto é minha vontade de ser bicho. ... a lua nova também nasce. ... o amor é um exagero da angúsita ... ficava abusada da palavra ... Me emboto e me puxo na  floresta da pele: pra sin a me afino mas não me resigno.

versos 2

Quem samba Lambe os lábios e nem lembra Quantos músicos na banda E dos próprios músculos compondo. ... A pedra me puxa, creme do movimento, que se encabeça pra espuma e me gargareja canal a dentro, até cair líquida .

versos 1

Fujo da chuva ou fujo pra chuva que cai, que caio  em mim, escorrego na zebra, na boca do lobo, escorro  pelo limo mais baixo do que ja me vi. ... Avisa o clã Que o chão não veio. até o barulho do meu coração me assusta. Outros olhos entram em mim enquanto a emoção pulsa. ... A fome é um trapézio no meu tronco. ... Tanta forma não  encorpada que, às vezes, abismim. ... Um céu gasoso de ser .... e no uiniverso dos átomos  sem matéria todos os corpos ocupam o mesmo lugar no espaço nenhum. ... Tento atingir o corpo todo com os sonhos que tive.
Eu não reajo. Sustento. A coisa atravessa. Mas nem paro em pé. Finjo, mais que td... Pq não dá pra gritar na ponte, é muito motor. Dá é pra sair por uma fresta antes que a galera perceba, mas depois não sei se atravesso, se pisco, pra onde fujo... Td contornando, nada de conteúdo... Ando. Dor. E ando... Minhocando pelos estados de vazio, terror, solidão, ódio. Muito ódio. Acima de td, mais que nunca, mas desde que me lembrei, perto de quando nasci - ódio... de mim.